DREX - A Moeda Digital do Brasil

Caminho para uma Economia Digital e Segura

Por Rafael Castanho | 08/04/2024 | 8 Minutos de leitura

O DREX, abreviação de Digital Real X, é uma inovação promovida pelo Banco Central do Brasil que visa revolucionar o cenário financeiro do país. Esta nova moeda digital está alinhada com as tendências globais de transformação digital e promete trazer uma série de benefícios para empreendedores, pequenas e médias empresas, além de facilitar a vida de pessoas com dúvidas fiscais ou confusas com processos de gestão.

 

O que é o DREX?

O DREX é a representação digitalizada do real brasileiro, uma inovação concebida pelo Banco Central do Brasil após anúncio, em agosto de 2020, da formação de um grupo de estudos para avaliar a viabilidade e funcionalidade de uma moeda digital nacional. Este grupo tinha como objetivo principal desenvolver um modelo de emissão de moeda digital capaz de identificar riscos, garantir a segurança cibernética, proteção de dados e conformidade com as normas e regulamentações do Banco Central.

Em maio de 2021, foram publicadas diretrizes que consolidaram essa nova moeda como uma CBDC (Central Bank Digital Currency). Essas diretrizes delinearam seu funcionamento, garantias legais e premissas tecnológicas. A emissão do DREX ocorrerá por meio do Banco Central, representando uma extensão do dinheiro físico, e sua distribuição à população será intermediada por bancos e instituições de pagamento, garantindo assim uma transição suave para o ambiente digital.

 

Como funciona o DREX?

O DREX representa a versão digital do real brasileiro, uma inovação concebida pelo Banco Central do Brasil. Em agosto de 2020, o Banco Central anunciou a criação de um grupo de estudos para avaliar a emissão de uma moeda digital equivalente ao Real, sem fornecer detalhes específicos sobre seu funcionamento. Esse grupo tinha como objetivo principal desenvolver um modelo de emissão de moeda digital capaz de identificar riscos, garantir a segurança cibernética, proteção de dados e conformidade com as normas e regulamentações do Banco Central.

De acordo com a projeção mais recente do Banco Central, o lançamento do Real Digital, ou DREX, está previsto para ocorrer até o final de 2024. Atualmente, o Real Digital encontra-se na segunda fase de seu projeto de desenvolvimento, com o teste piloto em andamento e esperando ser concluído entre o final de 2023 e o primeiro semestre do próximo ano. No dia 7 de agosto de 2023, foi anunciado o nome oficial da moeda digital, DREX, que vem da abreviação do termo "Digital Real X".

Ao contrário das criptomoedas como o Bitcoin, o Real Digital terá lastro do Banco Central do Brasil e valor correspondente ao do dinheiro físico emitido atualmente. A moeda digital permitirá movimentar reais que não existem fisicamente, reduzindo os custos de emissão da moeda física e facilitando a implementação de inovações tecnológicas como os contratos inteligentes. A previsão é que, quando a moeda for lançada, ela poderá ser utilizada com todos os métodos de pagamento existentes e se conectar a outros bancos centrais ao redor do mundo.

 

Diferenças entre o PIX e o DREX

Embora o PIX e o DREXcompartilhem tecnologias semelhantes, eles têm propósitos diferentes. Enquanto o PIX é uma transação instantânea, funcionando como uma ferramenta de pagamento que permite transferências rápidas entre contas, o DREX é uma moeda digital. Essa distinção fundamental está no fato de que o DREX representa o próprio dinheiro digitalizado, proporcionando uma alternativa ao dinheiro físico e oferecendo a conveniência de realizar transações financeiras de forma eletrônica e segura.

 

Vantagens e Riscos do Digital Real X

  • Agilidade nas Transações: O DREX permite transações financeiras instantâneas, agilizando pagamentos e transferências entre contas de forma rápida e eficiente.

  • Segurança Reforçada: Com o uso de tecnologias avançadas como blockchain e contratos inteligentes, o DREX oferece um alto nível de segurança para as transações, reduzindo significativamente o risco de fraudes e atividades ilícitas.

  • Redução de Custos: A adoção do DREX pode levar à diminuição dos custos de emissão e circulação do dinheiro físico, além de facilitar a implementação de inovações tecnológicas que contribuam para a eficiência do sistema financeiro.

  • Facilidade de Uso: Como uma moeda digital, oferece conveniência aos usuários, permitindo que realizem transações de forma eletrônica a qualquer momento e em qualquer lugar, sem depender da presença física de dinheiro.

  • Integração com Outros Bancos Centrais: O Drex tem o potencial de se conectar a outros bancos centrais ao redor do mundo, facilitando transações internacionais e promovendo a interoperabilidade entre diferentes sistemas financeiros.

  • Incentivo à Inovação: Ao adotar uma moeda digital como o Drex, o sistema financeiro brasileiro pode estimular a criação e implementação de novas tecnologias e serviços financeiros inovadores, beneficiando tanto os usuários quanto as instituições financeiras.

A implementação também traz consigo alguns riscos que devem ser considerados:

  • Centralização do Controle Monetário: A criação de uma moeda digital vinculada ao Banco Central do Brasil pode concentrar o controle monetário nas mãos de uma única entidade. Isso levanta preocupações sobre a possibilidade de interferência governamental na política monetária e na estabilidade financeira do país.

  • Privacidade e Segurança de Dados: Como todas as transações realizadas com o DREX podem ser rastreadas e registradas, há preocupações significativas relacionadas à privacidade e segurança dos dados dos usuários. A exposição dessas informações pode aumentar o risco de violações de privacidade e ataques cibernéticos.

  • Possíveis Congelamentos e Restrições: O Banco Central possui ferramentas que permitem o congelamento de saldos de usuários, diminuição de saldos de endereços-alvo, confiscos e até mesmo a cunhagem de novas unidades da moeda digital. Essas medidas podem ser utilizadas em situações específicas, mas também levantam preocupações sobre possíveis abusos ou restrições excessivas.

  • Vulnerabilidades Tecnológicas: Apesar das medidas de segurança adotadas, sistemas tecnológicos estão sujeitos a falhas e vulnerabilidades. Isso inclui possíveis bugs, ataques de hackers e outros eventos que podem comprometer a segurança e a integridade das transações realizadas com o DREX.

  • Flutuações de Valor e Estabilidade Financeira: Embora o DREX tenha lastro no Banco Central do Brasil, sua aceitação e valorização podem ser afetadas por diversos fatores, como volatilidade do mercado, instabilidades econômicas e políticas, entre outros. Isso pode impactar a confiança dos usuários na moeda digital e na estabilidade financeira do país.

 

Como adquirir o DREX?

Para adquirir o DREX, é necessário inicialmente escolher uma instituição financeira que seja autorizada pelo Banco Central do Brasil para lidar com essa moeda digital. Em seguida, você precisará abrir uma conta nessa instituição, o que geralmente pode ser feito de forma online através do site ou aplicativo do banco. Após a abertura da conta, você poderá converter o seu dinheiro físico em DREX utilizando os serviços oferecidos pela instituição financeira.

 

O DREX representa um passo significativo rumo à modernização do sistema financeiro brasileiro. Apesar dos benefícios que traz, como agilidade nas transações e segurança reforçada, é essencial monitorar e gerenciar os riscos associados, como a centralização do controle monetário e questões de privacidade. Sua adoção promete impulsionar a inovação e facilitar o acesso a serviços financeiros, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.


Perguntas mais comuns - DREX - A Moeda Digital do Brasil


O DREX é a representação digital do real brasileiro, uma moeda digital desenvolvida pelo Banco Central do Brasil.

O DREX funciona como uma moeda digital que permite transações instantâneas e seguras por meio de tecnologias avançadas, como blockchain e contratos inteligentes.

Enquanto o Pix é uma ferramenta de pagamento instantâneo, o DREX é uma moeda digital que representa o próprio dinheiro digitalizado, oferecendo uma alternativa ao dinheiro físico.


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